O FIO DE ESCARLATE
A Bíblia tem sido examinada e citada por muitas pessoas, algumas que não conseguiram ou não conseguem entender que nela existe um mistério que entra linearmente do Gênesis ao Apocalipse como doutrina e base suficiente de redenção, no projeto de salvação do homem.
HISTÓRICO
Para muitos, o projeto de salvação exposto na Bíblia envolve apenas o aspecto histórico citado em textos fracionados, traduzidos por expressões e sentimentos humanos, através de atos declaratórios apenas exteriores.
No aspecto histórico a base do projeto de salvação é sempre mencionada no passado, como se tudo estivesse no controle apenas do conhecimento e da mente humana, guardado racionalmente na forma de servir a Deus como fez Caim.
Dentro da razão ofereceu o melhor para agradar a Deus, o que não foi aceito.
PROFÉTICO – O FIO DE ESCARLATE
O conhecimento e a apropriação da doutrina do projeto de salvação envolve toda a escritura bíblica que entra linearmente do Gênesis ao Apocalipse com uma ordenação clara do projeto de Deus para salvação do homem, como se um fio de escarlate unisse todos os pontos das escrituras sagradas de forma sequencial, envolvendo a figura do cordeiro e do sangue, fundamentos insubstituíveis da doutrina no projeto de salvação com início na oferta de Abel.
A descoberta desse mistério, “o fio de escarlate”, é tudo que o homem precisa para entrar nos mistérios da fé e da graça e possa sobreviver nos momentos de lutas e das aflições do presente.
A partir do entendimento desse projeto que teve início na oferta de Abel a compreensão do homem fica voltada para a dinâmica desse conteúdo profético, onde se destaca a figura gloriosa do Espírito Santo, como agente de união entre Deus e o homem através e pelo sangue de Jesus.
A Bíblia, ou seja, a palavra de Deus nas escrituras, só tem vida se o mistério do fio de escarlate se evidenciar em toda a meditação do seu conteúdo, que perderá tal valor se for retirado o fio de escarlate.
É preciso entender que todo o projeto do sangue e do cordeiro está na dinâmica do Espírito Santo, que age como pessoa, revelador e provedor de toda necessidade do homem que aceita Jesus como seu único e suficiente Salvador.
Assim como o sangue age no corpo alimentando e purificando, o Espírito Santo age da mesma forma no sentido de libertar e santificar os eleitos e chamados para o reino.
Não há dúvidas quanto à figura representativa do sangue como sendo o Espírito Santo de Jesus, que dá vida ao seu corpo, ligando esse corpo, igreja, ao cabeça, que é o Senhor Jesus, cujos estímulos enviados ao cabeça pelo sangue para que o corpo realize suas funções neurológicas responsáveis pela própria vida.
CLAMOR PELO SANGUE DE JESUS
Clamar pelo sangue de Jesus é evidenciar a dinâmica deste projeto que deve ser utilizado pelo crente em todos os instantes de sua vida, principalmente quando se nota a necessidade de comunhão com o Senhor no pedido de perdão dos pecados, um acesso para entrar no santuário pelo sangue de Jesus.
“Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus.” Hb 10:19.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” I Jo 1:9.
Na primeira epístola de João, capítulo primeiro, verso sete, lemos:
“Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”
“Todo pecado” – No original é mesmo que “cada pecado”.
A figura do cálice que Jesus apresenta na ceia agrega os significados e figuras do vinho que são: Sangue e Espírito Santo. Há portanto na figura do cálice a identificação que representa os mesmos elementos: vinho, sangue e o Espírito Santo.
O vinho simboliza ao mesmo tempo o sangue e a figura do Espírito Santo, lembrando mais uma vez que o sacrifício de Jesus não necessita ser repetido, que uma só vez Ele entrou no Santíssimo, enquanto nós aceitamos este sacrifício e todas as vezes que necessitamos de comunhão e dele fazemos uso com o recurso do clamor pelo sangue de Jesus.
“Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” I Co 11:26.
No passado o clamor era feito, e que se nota na letra dos louvores registrados em todos os hinários evangélicos que falam do sangue e hoje Deus tem chamado um povo para confirmar com experiências pessoais essa doutrina, que promove um avivamento paralelo, este, que nos lembra a saída do povo de Israel do Egito para a Terra Prometida, cujas orientações foram dadas pela primeira vez, para o momento da saída, que envolvia a morte do cordeiro e o sangue que era colocado na verga e nos umbrais das portas dos israelitas, para livrá-los das pragas de Faraó e do anjo da morte que passaria pelo Egito para destruir a força de Faraó e de seus deuses dando libertação aos israelitas que partiram para terra prometida.
O momento profético que nos envolve é semelhante ao de Israel, lembrando que o momento histórico ficou para trás, e a Igreja Fiel assume o compromisso do clamor pelo sangue de Jesus, colocado na porta, na verga e nos umbrais do coração, um preparo também para o momento da saída da Igreja que se aproxima do seu arrebatamento. A palavra Maranata identifica tal momento, pelos sinais proféticos que foram mencionados no Velho Testamento pelos profetas, também apóstolos e pelo Senhor Jesus no Novo Testamento que estão evidentes e que nos colocam em extrema vigilância.
A evidência do clamor pelo sangue de Jesus está na prática de sua instrução quando foi servida aos seus discípulos.
OBSERVAÇÃO
- 1. Abel apresentou o sacrifício do cordeiro e do sangue porque entendeu por revelação o que Deus fez para apagar o pecado de Adão e Eva. Abel concluiu que o esforço humano não agradaria a Deus e sim o sacrifício do animal que era o início do grande projeto de salvação representado pelo fio de escarlate em toda Bíblia do Gênesis ao Apocalipse. Tem início por inciativa do Pai e se consuma na eternidade.
Gênesis 3:21 – “E fez o SENHOR Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.”
Apocalipse 12:11 - “E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte.”
- 2. Alguns textos bíblicos sobre o assunto estão em anexo e servirão de base doutrinária para que ninguém seja enganado.
- 3. No verso 13 do capítulo 12 de Êxodo, lemos: “E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.”
VEJAMOS OS TEXTOS BÁSICOS DO PROJETO ETERNO DE SALVAÇÃO
1. Adão e Eva – A morte do animal e o sangue derramado – início do projeto. Deus providencia a pele do animal – Depois de morto (claro). Gênesis 3:21 – “E fez o Senhor Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.”
2. Abel – O sangue e a morte do cordeiro. Gênesis 4:4 – “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta.”
3. O sacrifício de Jesus – Cordeiro de Deus anunciado pelo profeta Isaias. Isaías 53:7 – “Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca.
João 1:29 – “…Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”
4. O Novo Testamento – Não foi consagrado sem sangue. O sangue de Jesus, que fala melhor do que o de Abel.
Hebreus 9:18 – “Pelo que também o primeiro não foi consagrado sem sangue.”
5. Aspersão
Hebreus 12:24 – “E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.”
I Pedro 1:2 – “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas.”
I Pedro 1:19 – “Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.”
I João 1:7 – “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”
6. Testamento
Hebreus 9:20 – “Dizendo: Este é o sangue do testamento que Deus vos tem mandado.”
7. O sangue de Cristo – (O Espírito Santo).
Hebreus 9:14 – “Quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?”
Sangue – Espírito Santo (Espírito Eterno).
8. Juízo para os profanos
Hebreus 10:29 – “De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?”
Mateus 12:31 – “Portanto eu vos digo: Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.”
Sangue – Espírito Santo (Espírito da graça).
9. Ousadia
Hebreus 10:19 – “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus.”
O crente tem o direito e só entra no santuário pelo Espírito Santo (sangue). Não existe fórmula mágica que não seja através da operação do Espírito Santo.
10. Apocalipse 5:9 – “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação.”
11. Venceram pelo sangue do Cordeiro
Apocalipse 12:11 – “E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte.”
12. II João 1:10
“Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis.”
CONCLUSÕES
– Todo ataque dos obreiros do mal será contra a doutrina da redenção pelo sangue de Jesus;
- A Igreja dos últimos tempos enfrentará todo tipo de oposição com doutrinas que irão confrontar com a essência do projeto de salvação na tentativa de anulá-lo;
- Na tentativa de agradar a clientela, os conceitos e opiniões serão revigorados com publicações irresponsáveis no sentido de desviar o crente do caminho nesta última hora;
Os títulos que serão explorados pelos “doutores” e “mestres” da apostasia se resumem no seguinte:
- 1. Haverá uma segunda oportunidade para o crente que não for arrebatado. Será um prêmio para sua infidelidade e a Igreja que for infiel terá outro Espírito Santo para arrebatá-la. Será uma mensagem excelente para atrair caídos e derrubar os fracos. Em suma: Não é necessário, dizem eles, se preocupar com a vinda do Senhor Jesus.
- 2. A graça é um estímulo ao consentimento do pecado, querem dizer: sem santificação, “todos” verão a Deus.
- 3. A ação do sangue de Jesus na vida da Igreja e do homem é histórica, é literária, é biológica. Existem substitutos para o sangue ou formas de apresentar o sangue, substituindo o Espírito Santo. Negam o sentido profético da ceia.